Se uma empresa adotar boas práticas em sua Contabilidade, estará dando um grande passo para a valorização de seu negócio.
Esta breve postagem apresenta e comenta de forma simplificada alguns componentes inicialmente do Balanço.
Uma orientação mais aprofundada deve ser obtida mediante a consulta do CPC00R2 cujo link destaco a seguir
Boa Gestão Contábil valoriza sua empresa
O contrário é verdadeiro. Más práticas contábeis desvalorizam a empresa e também:
- podem inviabilizar o negócio;
- dificultam transações com investidores e potenciais compradores;
- podem gerar dificuldades de ordem financeira e econômica;
- Podem causar até contingências trabalhistas, tributárias, cíveis, etc.
Alguns poucos indicadores registrados e obtidos através do Balanço e do DRE - Demonstrativo de Resultado do Exercício.
Balanço e DRE elaborados, analisados e divulgados na forma e tempo devidos poderão contribuir muito com a Gestão e sinalizarem que existe Bom Controle e que a empresa está em processo de Melhoria Contínua.
Levar os grupos de contas do Balanço bem controlados, analisados, reconciliados é o primeiro passo para a boa gestão contábil.
Caixa e Bancos
No lado do ATIVO as disponibilidades representadas por:
- Caixa
- Contas bancárias incluindo
- Investimentos.]
Devem estar reconciliadas e muito bem controladas com todas as movimentações registradas corretamente.
Os acessos e movimentações das contas bancárias devem ser restritos e estarem sob Normas e Procedimentos muito bem definidos.
Estoques
Nos estoques muitas empresas acabam fazendo uma "balburdia".
Os saldos dos produtos em Estoque devem corresponder rigidamente ao que se tem no físico.
Costumo sempre destacar: Estoques devem funcionar como o caixa de um banco.
Ou seja, deve haver um rígido controle sobre o que entra e o que sai.
Mercadorias obsoletas devem ser baixadas de estoque ou se não for possível deve ser feita provisão para desvalorização desses itens.
Valores dos estoques quando excederem os preços de mercado deverão ser desvalorizados o que pode ocorrer mediante uma provisão.
Custos atrelados à compra dos produtos devem incorporados aos preços de entrada e preços médios e nunca devem ser considerados como despesa. Incluem aí gastos com fretes para transporte de produtos comprados e custos para desembaço de produtos importados.
Inventários gerais ou preferencialmente rotativos devem validar os produtos em estoque que deverão demonstrar alta acurácia
Normas contábeis do CPC / IFRS ou FASB, dependendo da origem da empresa devem ser atendidas.
Veja como complemento a este item nosso vídeo
Contas a Receber
Uma forte reconciliação deve assegurar acurácia no reporte dessa conta. Circularizações que correspondem à confirmar os valores pendentes com os clientes precisam ocorrer nos fechamentos anuais e até trimestrais. Provisões para perda de contas incobráveis precisam estar devidamente contabilizadas.
Não pagar comissões sobre contas não recebidas e políticas de crédito não influenciáveis por área comercial devem ser rigidamente definidos.
Esses tópicos acima podem parece óbvios, mas já vi empresas que adotam práticas erradas nesses itens.
Adiantamentos
Os adiantamentos precisam estar reconciliados e cada um precisa estar em conformidade com as normas de controle interno.
Tenho visto muitas pendências de adiantamentos que já deveriam ter sido liquidados continuarem pendentes. Por outro lado, áreas inibidas e até por vezes com receio de cobrar acabam convivendo com as irregularidades.
Ativos Fixos
Ativos fixos devem estar muito bem controlados.
Ativos em poder de terceiros incluindo com funcionários precisam ser monitorados.
Normas contábeis do CPC / IFRS que devem ser atendidas.
Controle físico dos ativos com rígido acompanhamento e controle são coisas que deveriam ser usuais mas em muitas empresas não são.
Quando um Ativo é recebido o item deve ser emplacado, se a plaquinha tiver um código de barras, melhor ainda pois o inventário fica facilitado.
Movimentações internas de ativos devem ser comunicadas à contabilidade que deverá manter os ativos vinculados aos centros de custos.
No grupo de Ativos Fixos em Andamento deve-se contabilizar cada projeto. Uma boa contabilidade controla seus ativos em andamento e quando os projetos estiverem concluídos e operacionais eles são transferidos para Ativos Fixos Operacionais e começam a ser depreciados.
Intangíveis
Quando forem relevantes aqui também as normas contábeis do CPC / IFRS ou FASB devem ser atendidas.
São vários os itens que podem ser registrados no grupo de Intangíveis.
Esses itens precisam ter o valores revisados periodicamente. As auditorias externas orientarão em casos de dúvida.
Passivo
No passivo as Contas a Pagar, as Provisões Legais, as Provisões para Contingência, Empréstimos, Parcelamentos e outras contas deverão estar rigorosamente atualizados e reconciliados para a data à qual o Balanço se refere.
Itens vinculados à moeda estrangeira deverão ter seus valores atualizados. Valores atualizados irão gerar variações cambiais que irão refletir no resultado ( DRE )
Separação entre Ativos e Passivos circulantes e não circulante.
Como regra geral deve ser contabilizado como Ativo Circulante tudo que irá ser utilizado ou realizado até em 360 dias. Há algumas exceções mas essa classificação é valida para a maioria das empresas.
Após 360 dias o item deverá ser classificado como Não Circulante.
Contas a Pagar Vejam este link sobre Contas a Pagar.
Provisões Vejam este link sobre Provisões
Veja também:
O que é Balanço / A Estrutura do Balanço
Devemos ter um Balanço bem estruturado com as contas mostrando valores adequados com boas práticas e de preferência com dados auditados por boa empresa de auditoria.
Da mesma forma ocorre com o DRE que é a segunda peça dos Demonstrativo Financeiros a receber elevado nível de atenção.
Em complemento a essa postagem selecionei algumas postagens sobre o DRE:
Outros Demonstrativos Financeiros que fazem parte do pacote de Demonstrativos de Fechamento são também de extrema importância, os abordaremos posteriormente.
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