Custos da Qualidade - Ferramenta para Gestão de Custos
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Custo da qualidade pode ser definido, em poucas palavras,
como o custo incorrido por causa da existência, ou da possibilidade de
existência, de uma baixa qualidade. De acordo com FEIGENBAUN (Apud Robles, 1994:58), atualmente os custos da qualidade
poderiam ser equiparados em importância
a outras categorias de custos, como os custos da mão de obra, custos de vendas
ou custos da engenharia.
Desse ponto de vista, o custo da qualidade é o custo de se fazer as coisas
de modo errado. Em algumas empresas, esses custos são parte importante da
cultura.
O objetivo do custeio da qualidade é fabricar um produto
com alta qualidade ao menor custo possível. O custo da qualidade tenta alcançar
esse objetivo apurando os custos das falhas de conformidade às especificações. Os principais geradores de custos são peças
defeituosas, produtos defeituosos, grandes quantidades de testes, re-trabalho e
custos de manutenção e assistência técnica. Reduzir tais custos é meta
importante do custeio da qualidade.
Para SAKURAI (1997:130-147), há três objetivos principais na implantação do
custeio da qualidade. O primeiro é saber a natureza e o porte dos custos da
qualidade, que podem ser mais facilmente detectados através do custo da
qualidade. Isso torna os administradores conscientes dos problemas e lhes dá
razoes para se interessarem no aperfeiçoamento contínuo ou na reengenharia.
No segundo, os relatórios de qualidade devem ser alinhados com as
avaliações de desempenho departamental e da empresa como um todo,
possibilitando à administração a oportunidade para decidir uma ação corretiva,
sendo, portanto, úteis para melhorar o desempenho.
Terceiro, o custeio da qualidade pode melhorar a lucratividade da empresa
através de um controle orçamentário mais efetivo, e através de mais efetivas
atividades de marketing.
Vale dizer que incluiu-se neste capítulo a questão do custo da qualidade
por entender-se estar o mesmo diretamente relacionado com a gestão dos custos
da manutenção.
Para COGAN (1994:77-82), os custos de prevenção são incorridos para evitar
defeitos. Do ponto de vista financeiro, são mais um investimento do que uma
despesa, embora muitos os tratem como despesas de evidênciação. São, por assim,
dizer, investimentos para evitar futuros custos.
Os custos da prevenção incluem:
-
Custos necessários
para montar um sistema de engenharia de qualidade.
-
Custos de promover
simpósios e reuniões sobre a qualidade.
-
Custos de educação
e treinamento com relação à qualidade e ao trabalho.
-
Custos para evitar
novas ocorrências de falhas.
-
Custos de supervisão
e manutenção preventiva.
A maioria dos custos de prevenção é administrável. O administrador típico
acredita que a estratégia mais eficaz para melhorar a baixa qualidade é
investir em programas de prevenção. No entanto, esses programas são freqüentemente
negligenciados, porque é difícil a apuração dos efeitos dos investimentos nessa
área (COGAN; 1994:77-82).
Os custos de avaliação, também chamados de custos de verificação,
originam-se de um processo de inspeção em que os resultados são avaliados para
determinar se as atividades estão sendo levadas a efeito adequadamente (COGAN;
1994:77-82). Os custos de avaliação normais incluem:
-
Custos
necessários para testes do departamento de controle de qualidade da empresa.
-
Custos
de testes executados externamente por terceiros.
-
Custos
necessários para garantir qualidade no processo de fabricação.
-
Custos
de manutenção e de calibragem de equipamentos de teste.
-
Custos
de avaliação para decisões imediatas.
-
Custos
de provas e de finalização de documentos e sua embalagem.
-
Custos
de manuseio e de relatórios sobre a qualidade.
Custos de avaliação constituem-se em significativo indicativo do nível de
comprometimento da empresas com relação à qualidade. A avaliação da qualidade é
importante passo para a processo de implementação do custeio da qualidade.
Custos de falhas internas são incorridos em virtude de falhas detectadas na
empresa, antes dos produtos serem liberados para os consumidores. Em outras
palavras, são custos incorridos para eliminar falhas encontradas nas inspeções.
Incluem custos a partir do momento em que os materiais e as peças são expedidos
pelos fornecedores até o momento em que os produtos acabados são recebidos
pelos usuários finais (COGAN; 1994:77-82).
Alguns exemplos de custos de falhas internas são:
-
Custo de falhas no
processo de fabricação, como sucata, material estragado e re-trabalho.
-
Perda por falta de
qualidade.
-
Custos de
descobrir paralisações e avarias e repará-las.
-
Custos de engenharia
para ajustar a qualidade.
-
Custos de tempo de
computação para re-execução de tarefas.
-
Custo de estoques
de segurança de produtos acabados para enfrentar baixa saída de produtos do
processo, por peças defeituosas ou lotes rejeitados.
-
Custos de re-exames
de inspeção e de testes após a detecção de defeitos.
-
Perdas devidas a
interrupções da produção.
Em muitas empresas existem diversos controles de custos
das falhas internas, todavia nem sempre os mesmos são compilados e analisados
conjuntamente, um sistema de custeio da qualidade propicia esse tratamento.
Os custos de falhas externas ocorrem quando são detectados pelos clientes
defeitos em produtos ou serviços. Isso acontece quando o sistema de verificação
não consegue detectar todos os defeitos antes da expedição dos produtos (COGAN;
1994:77-82).
Os custos de falhas externas incluem:
-
Custos de
devolução de produtos.
-
Custos de
concessão de descontos em virtude de qualidade inferior.
-
Custos de
processos judiciais motivados por produtos defeituosos.
-
Custos
administrativos de atendimento de reclamações.
-
Custos de
cancelamento de entregas.
Estes quatro tipos de custos podem ser, geralmente, conhecidos através do
sistema contábil, sem a necessidade de se redesenhar os sistemas. Constituem o
que freqüentemente é chamado de custos diretos da qualidade. Custos indiretos
da qualidade não são conhecidos através de sistemas contábeis e, assim, muitas
vezes não são detectados no custeio da qualidade. (Vide Tabela nº 3.2 – Custos da
qualidade a seguir).
O custo da qualidade é um conceito que consiste basicamente em dividir as
não-conformidades nas seguintes categorias:
Tabela
3.2 – Custos da qualidade
1- Prevenção
|
Os custos de desenho,
implementação e manutenção da qualidade assegurada e controle do sistema;
Inclui o desenho da engenharia de processo, sistema de controle de qualidade,
planejamento da Qualidade e treinamento da qualidade.
Os custos da prevenção da qualidade incluem:
Custos de estudos de engenharia para melhoria dos
processos de manufatura que irão produzir produtos de alta qualidade;
Os custos dos equipamentos para manufaturar produtos de
alta qualidade;
Os custos para melhoria das matérias primas e
treinamento de fornecedores;
Os custos de programas de manutenção preventiva.
|
2- Avaliação
|
Os custos de assegurar que os materiais e produtos
estarão em conformidade com os padrões de qualidade; inclui custos de
inspeção de matérias primas e componentes comprados, inspeções durante o
processo e sobre produtos acabados, testes de laboratório, auditoria da
Qualidade e testes de campo.
|
3- Falhas internas
|
Os custos das perdas de manufatura dos materiais e
produtos fora dos padrões de Qualidade; inclui os custos de refugos, reparos,
retrabalho, atualizações, parada de máquinas, e descontos sobre vendas de
sub-padrões e materiais.
|
4- Falhas externas
|
Os custos de enviar produtos de qualidade inferior aos
clientes; inclui os custos de manusear reclamações e solicitações dos
clientes, garantia e custos de reposição, fretes e reparos de mercadorias
devolvidas.
|
Fonte:
Adaptado de KAPLAN, Robert S. & ATKINSON. Advanced management accounting.
Prentice-Hall International, Inc., 1989. p. 380.
KAPLAN & ATKINSON (1991: 382) mencionam que apesar dos custos da
qualidade serem agregados através das quatro categorias; o total dos custos da
não qualidade ainda serão mal estimados. Assim sendo, omitidos dos cálculos
estarão os seguintes custos:
-
Custos de
interrupção das operações causadas por compras e produções fora de
conformidade.
-
Perdas de vendas
causadas por falhas externas atuais e efeitos na reputação da empresa.
-
Custos implícitos
de confusões na fábrica.
-
Excessivos níveis
de inventários.
Os custos da qualidade mensuram quanto a empresa gasta nas quatro
categorias, todavia, os indicadores não-financeiros (e.g., rendimento, índices
de defeito internos externos medidos em PPM, medidas de produtos refugados,
re-trabalho e paradas não programadas de máquinas) são também necessários para
prover mais prontamente, retorno objetivo e servem como melhor indicadores das
melhorias dos esforços da qualidade, (KAPLAN E &TKINSON; 1991: 382).
Por fim, vale dizer que diversos dos indicadores que segundo KAPLAN &
ATKINSON (1991) são também necessários na gestão das empresas são
influenciáveis pela manutenção industrial.
Segundo Robles ( 1994:66 ) os custos da qualidade são normalmente
classificados em categorias: Prevenção, Avaliação, Falhas Internas e Falhas
Externas. Eventualmente, alguns autores ou até mesmo empresas consideram também
como detalhe adicional do Custo da Qualidade categoria de acumulação dos Custos da Correção.
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