Introdução
A gestão eficiente de Ativos Fixos (Imobilizado) é essencial para a saúde financeira e operacional de uma empresa. Além de impactar diretamente nos resultados contábeis, uma boa gestão assegura a maximização do valor dos ativos, a conformidade fiscal e a otimização de investimentos.
Com a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standards), as empresas precisam seguir critérios rigorosos para o reconhecimento, mensuração, depreciação e divulgação de ativos fixos.
Neste artigo, abordaremos os principais pilares da gestão de ativos fixos e como alinhá-los às exigências das IFRS.
1. O Que São Ativos Fixos e Por Que São Importantes?
Ativos fixos (também chamados de PP&E – Property, Plant, and Equipment) são recursos tangíveis utilizados nas operações da empresa por mais de um período contábil. Exemplos incluem:
Máquinas e equipamentos
Veículos
Imóveis (prédios, terrenos)
Infraestrutura (estradas, redes de distribuição)
Por que uma gestão eficiente é crucial?
✔ Controle financeiro – Evita desperdícios e otimiza investimentos.
✔ Conformidade legal – Atende às normas contábeis (IFRS, CPC).
✔ Tomada de decisão – Base para planejamento de manutenção e renovação.
2. Principais Requisitos das IFRS para Ativos Fixos (IAS 16)
A IAS 16 (Property, Plant and Equipment) é a norma que regulamenta o tratamento contábil dos ativos fixos. Veja os principais pontos:
a) Reconhecimento do Ativo
Um ativo deve ser registrado quando:
É provável que gere benefícios econômicos futuros;
Seu custo pode ser mensurado com confiabilidade.
b) Mensuração Inicial
Custo de aquisição: Preço de compra + custos diretamente atribuíveis (frete, instalação, impostos não recuperáveis).
Custo de autoprodução: Inclui materiais, mão de obra e custos indiretos.
c) Modelos de Mensuração Posterior
A IFRS permite dois métodos:
Custo Histórico: Ativo é mantido pelo custo original menos depreciação e perdas.
Valor Justo (Reavaliação): Atualização periódica do valor de mercado (exige auditoria independente).
d) Depreciação
Deve refletir o desgaste do ativo ao longo de sua vida útil.
Métodos aceitos: Linear, saldos decrescentes, unidades produzidas.
Terrenos não são depreciáveis, apenas edificações.
e) Baixa e Alienação
O ativo deve ser removido do balanço quando vendido ou sem utilidade.
Qualquer ganho ou perda deve ser registrado no resultado.
3. Boas Práticas na Gestão de Ativos Fixos
✔ Inventário Físico e Controle Digital
Realizar auditorias periódicas para evitar divergências entre o físico e o contábil.
Usar sistemas de gestão (ERP, TOTVS, SAP) para rastrear localização, depreciação e manutenção.
✔ Políticas de Depreciação Adequadas
Definir vida útil realista (ex: um veículo pode ter 5 anos, uma máquina 10).
Revisar taxas de depreciação conforme mudanças tecnológicas.
✔ Manutenção Preventiva
Reduz custos de reparos emergenciais e prolonga a vida útil.
Registre todas as intervenções para análise de ROI (Retorno sobre Investimento).
✔ Integração entre Departamentos
Contabilidade (registro correto)
Operações (uso eficiente)
TI (controle por softwares)
4. Desafios e Soluções
Desafio | Solução |
---|---|
Falta de controle físico | RFID, códigos de barras, inventários |
Subdepreciação/Sobredepreciação | Revisão periódica das taxas |
Não conformidade com IFRS | Treinamento em IAS 16 e auditorias |
Conclusão
A gestão de ativos fixos vai além do simples registro contábil – é uma estratégia para otimizar recursos e garantir conformidade.
Ao seguir as normas IFRS (IAS 16), implementar controles robustos e utilizar tecnologias de gestão, as empresas podem:
✅ Reduzir custos com manutenção e impostos.
✅ Melhorar a precisão dos relatórios financeiros.
✅ Aumentar a vida útil dos ativos.
Invista em processos bem estruturados e ferramentas adequadas para transformar a gestão de ativos em um diferencial competitivo!
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