Uma das grandes contribuições do ABC e na medição dos custos
da capacidade, para isso, conforme KAPLAN &
COOPER (1997:111), o ABC deve ser usado proativamente na estimativa de
custos das atividades correntes e do futuro. Desta forma o ABC é elaborado para
períodos futuros com base em custos os orçados.
Os autores também destacam que além dos custos orçados, os
valores devem refletir uma capacidade prática dos recursos absorvidos e que, a
identificação, mediação e gerenciamento da capacidade ociosa se constitui no
coração do ABC.
O ABC efetivamente propicia a identificação dos custos da
ociosidade. Ao projetarem-se os custos da atividades, deve-se levar em conta
indicadores quantitativos para os volumes necessários a um determinado nível de
atividade. Tal exercício poderá indicar o custo da capacidade não utilizado,
dentro de um certo nível orçado, isso em nível atividade. Desta forma torna-se
possível a identificação dos custos da ociosidade de forma analítica por
atividade. Tal prática possibilita uma análise mais detalhada tendo em vista a
otimização do uso da capacidade instalada. Em um segundo nível de análise temos
as variações entre os níveis orçados das atividades e os níveis reais
ocorridos, nesse tipo poderão ocorrer novas variações, de capacidade, de
gastos, etc...
Vejamos o exemplo a seguir adaptado de KAPLAN & COOPER
(1997:115-118):
¨
Atividade – Processamento de Ordens de
clientes
¨
Capacidade Nominal – 6000 ordens
¨
Capacidade Prática – 5.000 ordens
¨
Capacidade Prática é a capacidade
nominal deduzida das perdas normais, relativo às paradas programadas ou não.
Também é usual encontrarmos uma abordagem arbitrária onde capacidade prática
espressa como uma porcentagem da capacidade teórica, cerca de 80 a 85% KAPLAN & COOPER (
1997:127).
¨
Capacidade Orçada – 4000 ordens
¨
Capacidade Real – 3800 ordens
¨
Custos Orçado da Atividade - $ 280.000
¨
Custos Reais - $ 273.600
Os dados supra mencionados são demonstrados na figura a seguir:
Figura 3.2 – Usando o ABC no detalhamento dos custos da ociosidade
Fonte:
KAPLAN, ROBERT & COOPER. Cost & Effect. Boston : Harvard
Business School
Press, 1997. p. 118.
Assim, como na figura acima são identificáveis os custos de
capacidade não utilizada em todas, ou nas principais atividades das empresas.
Tais informações podem auxiliar no processo de tomada de tomada de decisões,
incluindo otimização das capacidades instaladas, identificação de custos
discricionários, o e outras decisões relevantes podem se constituir em poderoso
instrumento para o aumento de efetividade dentro do enfoque da melhoria
contínua.
Vejam Também:
Gestão de Contratos / Como reduzir riscos e desenvolver parceirias de sucesso
Análise de Custos – Regra 80 /20. Priorizando o que é mais importante
Utilizando Excel para a elaboração de Relatórios Financeiros
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