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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

O ABC e a medição dos Custos de Capacidade


Uma das grandes contribuições do ABC e na medição dos custos da capacidade, para isso, conforme KAPLAN & COOPER (1997:111), o ABC deve ser usado proativamente na estimativa de custos das atividades correntes e do futuro. Desta forma o ABC é elaborado para períodos futuros com base em custos os orçados.


Os autores também destacam que além dos custos orçados, os valores devem refletir uma capacidade prática dos recursos absorvidos e que, a identificação, mediação e gerenciamento da capacidade ociosa se constitui no coração do ABC.

O ABC efetivamente propicia a identificação dos custos da ociosidade. Ao projetarem-se os custos da atividades, deve-se levar em conta indicadores quantitativos para os volumes necessários a um determinado nível de atividade. Tal exercício poderá indicar o custo da capacidade não utilizado, dentro de um certo nível orçado, isso em nível atividade. Desta forma torna-se possível a identificação dos custos da ociosidade de forma analítica por atividade. Tal prática possibilita uma análise mais detalhada tendo em vista a otimização do uso da capacidade instalada. Em um segundo nível de análise temos as variações entre os níveis orçados das atividades e os níveis reais ocorridos, nesse tipo poderão ocorrer novas variações, de capacidade, de gastos, etc...

Vejamos o exemplo a seguir adaptado de KAPLAN & COOPER (1997:115-118):
¨      Atividade – Processamento de Ordens de clientes
¨      Capacidade Nominal – 6000 ordens
¨      Capacidade Prática – 5.000 ordens
¨      Capacidade Prática é a capacidade nominal deduzida das perdas normais, relativo às paradas programadas ou não. Também é usual encontrarmos uma abordagem arbitrária onde capacidade prática espressa como uma porcentagem da capacidade teórica, cerca de 80 a 85% KAPLAN & COOPER ( 1997:127).
¨      Capacidade Orçada – 4000 ordens
¨      Capacidade Real – 3800 ordens
¨      Custos Orçado da Atividade - $ 280.000
¨      Custos Reais - $ 273.600



Os dados supra mencionados são demonstrados na figura a seguir:




Figura 3.2 – Usando o ABC no detalhamento dos custos da ociosidade

Fonte: KAPLAN, ROBERT & COOPER. Cost & Effect. Boston: Harvard Business School Press, 1997. p. 118.



Assim, como na figura acima são identificáveis os custos de capacidade não utilizada em todas, ou nas principais atividades das empresas. Tais informações podem auxiliar no processo de tomada de tomada de decisões, incluindo otimização das capacidades instaladas, identificação de custos discricionários, o e outras decisões relevantes podem se constituir em poderoso instrumento para o aumento de efetividade dentro do enfoque da melhoria contínua.


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Ariovaldo Lopes da Silva – Mestre em Ciências Contábeis, Economista, Professor universitário por 20 anos e executivo de empresas por 40 anos, sendo último cargos ocupados com carteira assinada de Controller para America Latina na Henkel e Diretor Financeiro na Mauser. Atualmente é Palestrante, Consultor e Empresário. Possui mais de 200 artigos sobre Controladoria, Finanças e Gestão de Empresas.  arilopes@folha.com.br

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