A gestão que comemora ilusões: a farsa dos estoques milionários
1. Cheguei na empresa e… surpresa!
Imagina entrar num lugar e logo de cara ver estoques astronômicos de materiais que praticamente dão pra durar anos e anos.
Mas espera aí, será que aquilo tudo ia ser usado? Aí que tá: a chance disso acontecer era praticamente zero!
Por quê? Porque a área de marketing curtia mudanças constantes nas artes das embalagens, tipo mudança de roupa de novela, sabe?
2. O marketing e seu discurso afiado
Eles vendiam essa ideia que cada mudança era um upgrade, algo revolucionário para alavancar as vendas.
Resultado? Os estoques antigos eram descartados, jogados no lixo! Um desperdício de recursos que faria qualquer gestor de estoque chorar.
3. O estoque dos rótulos e a “economia fantástica”
Rótulos baratos, mas com quantidades gigantescas — e isso, meu amigo, somava valores expressivos no balanço.
Investiguei e descobri um mega pedido de 1 milhão de unidades de um rótulo.
Normalmente compravam entre 30.000 e 45.000 unidades por pedido o que daria para o consumo de uns 3 meses, então, isso foi além do absurdo.
4. A genialidade da diretoria e o desafio aos compradores
Alguém da diretoria teve uma ideia “brilhante”: lançar um desafio para reduzir custos com prêmios gordos para os melhores resultados.
Rótulos numa gráfica? Ótimo para comprar em grandes quantidades, porque quanto maior o volume, menor o preço por unidade.
Exemplo: preço normal era 8 centavos; 100 mil unidades baixavam para 5 centavos; 1 milhão, UAU, só 1 centavo!
Os compradores foram mirar na economia de 7 centavos por unidade e fizeram a festa! Compraram 1 milhão do material, sem pestanejar.
5. O resultado assustador — e premiado!
Estoque monstruoso, lotando os armazéns.
Os responsáveis pelas “economias” foram premiados e aplaudidos — eles “reduziram custos” e ganharam bônus!
Só esqueceram de perguntar: “Será que isso vai ser consumido algum dia?”
Marketing, claro, continuava toda cheia de discurso bonito falando que isso tudo era planejado.
6. A amarga realidade
As embalagens foram trocadas de novo, e adivinha?
TUDO aquilo foi descartado. Jogaram fora, basicamente dinheiro queimado.
Discursos bonitos, planos supostamente para evitar desperdício, mas a realidade era outra: perdas certas.
7. A lição que fica
Nas empresas, às vezes, a gente vê “genialidades” que são só ilusões.
Resultados comemorados que são só miragens para enganar investidores, chefes e funcionários.
E sabe o pior? Alguns desses “gênios” hoje ocupam cargos altos, tipo CEO.
Só resta torcer pra que eles não estejam repetindo os mesmos erros por aí.
Dica de gestão pra você que quer evitar tragédias assim
Não se iluda só por números de economia no papel, analise impacto real no estoque e consumo.
Desconfie de metas que premiam resultados superficiais.
Integre marketing e compras com um olhar estratégico e focado na sustentabilidade do negócio.
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