Melhores Práticas no Controle de Ativos Fixos: Otimizando a Gestão e a Rentabilidade
Introdução
A gestão
eficiente dos ativos fixos é essencial para a rentabilidade e o sucesso das
empresas. No entanto, muitas organizações ainda não adotam práticas adequadas
no controle desses ativos, o que resulta em perdas significativas. Neste
capítulo, discutiremos as melhores práticas no controle de ativos fixos,
destacando a importância do controle permanente, a identificação física dos
ativos, o tratamento dos ativos em desuso, a utilização da capacidade
instalada, a cobertura de seguros e a auditoria dos ativos em casos de
aquisições.
Identificação
Física e Controle por Códigos de Barra
A
identificação física dos ativos fixos é uma prática essencial. Recomenda-se o
uso de plaquetas de identificação, preferencialmente com códigos de barra. A
utilização de códigos de barra facilita o controle e o registro dos ativos,
além de agilizar atividades como o inventário geral. Essa prática contribui
para um controle mais eficiente e preciso dos ativos fixos.
Tratamento
de Ativos em Desuso
Ativos
obsoletos ou em desuso devem ser baixados ou provisionados contabilmente. É um
equívoco esperar pela avaliação anual para identificar esses ativos, pois podem
ocorrer perdas significativas. É importante analisar os motivos do desuso e
adotar medidas corretivas para evitar perdas futuras. A contabilização correta
desses ativos é essencial para uma gestão eficiente e precisa.
Utilização
da Capacidade Instalada
A
utilização adequada da capacidade instalada é crucial para a rentabilidade da
empresa. Empresas com baixa utilização da capacidade incorrem em custos fixos
elevados dos ativos ociosos, prejudicando a rentabilidade e a saúde financeira.
Ativos de valor expressivo que estão subutilizados devem ser questionados
quanto à sua validade em serem mantidos. Caso seja constatada uma utilização
muito menor do que o esperado quando adquiridos, é necessário realizar um teste
de impairment e ajustar contabilmente o valor desses ativos. Isso pode resultar
em perdas não recuperáveis que devem ser devidamente reconhecidas.
Cobertura
de Seguros
Os ativos
fixos, dentro ou fora da empresa, devem ter cobertura adequada de seguros para
proteção contra incêndios, roubos, riscos cessantes e outros eventos. Uma
infraestrutura bem mantida pode reduzir os custos das apólices de seguro e,
consequentemente, minimizar os custos indiretos associados aos ativos fixos. É
fundamental garantir uma cobertura abrangente que minimize os riscos e proteja
os ativos em diferentes cenários.
Auditoria
de Ativos em Aquisições
Quando
ocorrem aquisições de empresas, é essencial realizar uma auditoria dos ativos
fixos, reavaliando-os pelo seu valor justo (Fair Value). Infelizmente, nem
sempre essa prática é adotada de forma mandatória, o que pode resultar em
perdas e erros contábeis graves. A avaliação adequada dos ativos é fundamental
para garantir a precisão das informações financeiras e a conformidade com os
princípios contábeis.
Manual de
Controle e Utilização dos Ativos
Recomenda-se
que as empresas mantenham um manual de controle e utilização dos ativos fixos.
Esse manual deve fornecer diretrizes claras sobre as práticas adequadas de uso
e movimentação dos ativos. É importante que os funcionários sejam informados
sobre essas normas desde o início de sua trajetória na empresa. Além disso, é
essencial que os gestores e diretores sejam exemplos de conduta correta e
cobrem de seus colaboradores atitudes alinhadas com as melhores práticas no
controle e utilização dos ativos fixos.
Conclusão
A
implementação de melhores práticas no controle de ativos fixos é essencial para
otimizar a gestão e a rentabilidade das empresas. O controle permanente, a
identificação física, o tratamento adequado dos ativos em desuso, a utilização
eficiente da capacidade instalada, a cobertura de seguros abrangente e a
auditoria de ativos em aquisições são aspectos-chave a serem considerados.
Ademais, um manual de controle e utilização dos ativos fixos deve ser
estabelecido para garantir a padronização e a conformidade das práticas
adotadas.
Referências:
Hronec, S. M. (2009). The
Manager's Pocket Guide to Preventing Equipment Failure. HRD Press.
Bragg, S. M. (2017). Fixed
Asset Accounting and Management Procedures. AccountingTools.
Santos,
C. (2016). Contabilidade de Ativos Fixos: Um Guia Prático para Gestão e
Controle. Editora Atlas.
International Accounting
Standards Board. (2018). International Financial Reporting Standards (IFRS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário