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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Custos da Qualidade - Ferramenta para Gestão de Custos

Custos da Qualidade - Ferramenta para Gestão de Custos

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Custo da qualidade pode ser definido, em poucas palavras, como o custo incorrido por causa da existência, ou da possibilidade de existência, de uma baixa qualidade. De acordo com FEIGENBAUN (Apud Robles, 1994:58), atualmente os custos da qualidade poderiam ser  equiparados em importância a outras categorias de custos, como os custos da mão de obra, custos de vendas ou custos da engenharia.









Desse ponto de vista, o custo da qualidade é o custo de se fazer as coisas de modo errado. Em algumas empresas, esses custos são parte importante da cultura.


O objetivo do custeio da qualidade é fabricar um produto com alta qualidade ao menor custo possível. O custo da qualidade tenta alcançar esse objetivo apurando os custos das falhas de conformidade às especificações. Os principais geradores de custos são peças defeituosas, produtos defeituosos, grandes quantidades de testes, re-trabalho e custos de manutenção e assistência técnica. Reduzir tais custos é meta importante do custeio da qualidade.

Para SAKURAI (1997:130-147), há três objetivos principais na implantação do custeio da qualidade. O primeiro é saber a natureza e o porte dos custos da qualidade, que podem ser mais facilmente detectados através do custo da qualidade. Isso torna os administradores conscientes dos problemas e lhes dá razoes para se interessarem no aperfeiçoamento contínuo ou na reengenharia.

No segundo, os relatórios de qualidade devem ser alinhados com as avaliações de desempenho departamental e da empresa como um todo, possibilitando à administração a oportunidade para decidir uma ação corretiva, sendo, portanto, úteis para melhorar o desempenho.

Terceiro, o custeio da qualidade pode melhorar a lucratividade da empresa através de um controle orçamentário mais efetivo, e através de mais efetivas atividades de marketing.

Vale dizer que incluiu-se neste capítulo a questão do custo da qualidade por entender-se estar o mesmo diretamente relacionado com a gestão dos custos da manutenção.


Para COGAN (1994:77-82), os custos de prevenção são incorridos para evitar defeitos. Do ponto de vista financeiro, são mais um investimento do que uma despesa, embora muitos os tratem como despesas de evidênciação. São, por assim, dizer, investimentos para evitar futuros custos.

Os custos da prevenção incluem:
-          Custos necessários para montar um sistema de engenharia de qualidade.
-          Custos de promover simpósios e reuniões sobre a qualidade.
-          Custos de educação e treinamento com relação à qualidade e ao trabalho.
-          Custos para evitar novas ocorrências de falhas.
-          Custos de supervisão e manutenção preventiva.

A maioria dos custos de prevenção é administrável. O administrador típico acredita que a estratégia mais eficaz para melhorar a baixa qualidade é investir em programas de prevenção. No entanto, esses programas são freqüentemente negligenciados, porque é difícil a apuração dos efeitos dos investimentos nessa área (COGAN; 1994:77-82).


Os custos de avaliação, também chamados de custos de verificação, originam-se de um processo de inspeção em que os resultados são avaliados para determinar se as atividades estão sendo levadas a efeito adequadamente (COGAN; 1994:77-82). Os custos de avaliação normais incluem:

-          Custos necessários para testes do departamento de controle de qualidade da empresa.
-          Custos de testes executados externamente por terceiros.
-          Custos necessários para garantir qualidade no processo de fabricação.
-          Custos de manutenção e de calibragem de equipamentos de teste.
-          Custos de avaliação para decisões imediatas.
-          Custos de provas e de finalização de documentos e sua embalagem.
-          Custos de manuseio e de relatórios sobre a qualidade.

Custos de avaliação constituem-se em significativo indicativo do nível de comprometimento da empresas com relação à qualidade. A avaliação da qualidade é importante passo para a processo de implementação do custeio da qualidade.




Custos de falhas internas são incorridos em virtude de falhas detectadas na empresa, antes dos produtos serem liberados para os consumidores. Em outras palavras, são custos incorridos para eliminar falhas encontradas nas inspeções. Incluem custos a partir do momento em que os materiais e as peças são expedidos pelos fornecedores até o momento em que os produtos acabados são recebidos pelos usuários finais (COGAN; 1994:77-82).
Alguns exemplos de custos de falhas internas são:

-          Custo de falhas no processo de fabricação, como sucata, material estragado e re-trabalho.
-          Perda por falta de qualidade.
-          Custos de descobrir paralisações e avarias e repará-las.
-          Custos de engenharia para ajustar a qualidade.
-          Custos de tempo de computação para re-execução de tarefas.
-          Custo de estoques de segurança de produtos acabados para enfrentar baixa saída de produtos do processo, por peças defeituosas ou lotes rejeitados.
-          Custos de re-exames de inspeção e de testes após a detecção de defeitos.
-          Perdas devidas a interrupções da produção.

Em muitas empresas existem diversos controles de custos das falhas internas, todavia nem sempre os mesmos são compilados e analisados conjuntamente, um sistema de custeio da qualidade propicia esse tratamento.




Os custos de falhas externas ocorrem quando são detectados pelos clientes defeitos em produtos ou serviços. Isso acontece quando o sistema de verificação não consegue detectar todos os defeitos antes da expedição dos produtos (COGAN; 1994:77-82).

Os custos de falhas externas incluem:

-          Custos de devolução de produtos.
-          Custos de concessão de descontos em virtude de qualidade inferior.
-          Custos de processos judiciais motivados por produtos defeituosos.
-          Custos administrativos de atendimento de reclamações.
-          Custos de cancelamento de entregas.

Estes quatro tipos de custos podem ser, geralmente, conhecidos através do sistema contábil, sem a necessidade de se redesenhar os sistemas. Constituem o que freqüentemente é chamado de custos diretos da qualidade. Custos indiretos da qualidade não são conhecidos através de sistemas contábeis e, assim, muitas vezes não são detectados no custeio da qualidade. (Vide Tabela nº 3.2 – Custos da qualidade a seguir).

O custo da qualidade é um conceito que consiste basicamente em dividir as não-conformidades nas seguintes categorias:


Tabela 3.2 – Custos da qualidade

1- Prevenção
Os custos de desenho, implementação e manutenção da qualidade assegurada e controle do sistema; Inclui o desenho da engenharia de processo, sistema de controle de qualidade, planejamento da Qualidade e treinamento da qualidade.

Os custos da prevenção da qualidade incluem:
Custos de estudos de engenharia para melhoria dos processos de manufatura que irão produzir produtos de alta qualidade;
Os custos dos equipamentos para manufaturar produtos de alta qualidade;
Os custos para melhoria das matérias primas e treinamento de fornecedores;
Os custos de programas de manutenção preventiva.
2- Avaliação
Os custos de assegurar que os materiais e produtos estarão em conformidade com os padrões de qualidade; inclui custos de inspeção de matérias primas e componentes comprados, inspeções durante o processo e sobre produtos acabados, testes de laboratório, auditoria da Qualidade e testes de campo.
3- Falhas internas
Os custos das perdas de manufatura dos materiais e produtos fora dos padrões de Qualidade; inclui os custos de refugos, reparos, retrabalho, atualizações, parada de máquinas, e descontos sobre vendas de sub-padrões e materiais.
4- Falhas externas
Os custos de enviar produtos de qualidade inferior aos clientes; inclui os custos de manusear reclamações e solicitações dos clientes, garantia e custos de reposição, fretes e reparos de mercadorias devolvidas.

Fonte: Adaptado de KAPLAN, Robert S. & ATKINSON. Advanced management accounting. Prentice-Hall International, Inc., 1989. p. 380.



KAPLAN & ATKINSON (1991: 382) mencionam que apesar dos custos da qualidade serem agregados através das quatro categorias; o total dos custos da não qualidade ainda serão mal estimados. Assim sendo, omitidos dos cálculos estarão os seguintes custos:

-          Custos de interrupção das operações causadas por compras e produções fora de conformidade.
-          Perdas de vendas causadas por falhas externas atuais e efeitos na reputação da empresa.
-          Custos implícitos de confusões na fábrica.
-          Excessivos níveis de inventários.

Os custos da qualidade mensuram quanto a empresa gasta nas quatro categorias, todavia, os indicadores não-financeiros (e.g., rendimento, índices de defeito internos externos medidos em PPM, medidas de produtos refugados, re-trabalho e paradas não programadas de máquinas) são também necessários para prover mais prontamente, retorno objetivo e servem como melhor indicadores das melhorias dos esforços da qualidade, (KAPLAN E &TKINSON; 1991: 382).

Por fim, vale dizer que diversos dos indicadores que segundo KAPLAN & ATKINSON (1991) são também necessários na gestão das empresas são influenciáveis pela manutenção industrial.

Segundo Robles ( 1994:66 ) os custos da qualidade são normalmente classificados em categorias: Prevenção, Avaliação, Falhas Internas e Falhas Externas. Eventualmente, alguns autores ou até mesmo empresas consideram também como detalhe adicional do Custo da Qualidade categoria de acumulação  dos Custos da Correção.


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