Estou reeditando essa postagem com um comentário adicional. Alguns ratos corporativos ainda são classificados pelas chefias míopes como High Potential. Eles estão mais fortes do que nunca principalmente nas organizações que não sabem reconhecer o real talento e competência de seus colaboradores.
Os ratocorps são como parasitas que existem em todas as organizações. São parte integrante do ambiente empresarial, onde eles tem sua origem e de onde se nutrem. Toda empresa em maior ou menor grau, possui os seus ratocorps.
Baseado no site steinberg.com.br extraí o resumo abaixo relativo às “qualidades do ratocorp”. Qualquer semelhança com pessoas do seu conhecimento não é uma simples coincidência.
O Rato Corporativo tem inteligência mediana, mas sem chegar a medíocre, que passa na seleção da empresa muito mais pela sua capacidade de repetir chavões e comportamento ambíguo do que pelos seus méritos intelectuais ou
Geralmente domina o idioma inglês e sabe se portar com discrição - ou seja, fica calado sempre que possível para não dizer bobagem.
Tímido e assustadiço até ganhar intimidade, suas características físicas peculiares (e principais vantagens competitivas) são os olhos enormes, treinados para tudo observar, e orelhas imensas, com um design perfeito para captar todos os sons e sussurros.
A primeira coisa que um ratocorp faz, quando ingressa na empresa, é aprender tudo sobre seus manuais e procedimentos, hábitos e idiossincrasias. Ele sabe que estas serão as futuras armas e ferramentas de trabalho.
Intuitivamente, sempre segue cegamente a burocracia e o formalismo, pois assim não corre riscos e garante nunca ser acusado de não cumprir com o seu dever corporativo. Enquanto os demais colegas dão sangue e suor à operação.
o ratocorp gasta energias em coisas pouco produtivas, mas muito efetivas para a sua carreira. Observador atento, dedica-se a descobrir, por exemplo, quem exerce o verdadeiro poder, quais são as agendas ocultas ou os momentos críticos para aparecer à frente dos diretores.
Tem a capacidade de ignorar, mas com muita classe, o chefe imediato, pois seu olhar está sempre focado em dois e, preferencialmente, três níveis hierárquicos acima do seu.
Ele é geralmente muito charmoso e sabe agradar as pessoas, pois depende disto. Por isto, os seus pares nutrem por ele enorme carinho e admiração, como se fosse um mascote especial.
O seu desempenho abaixo da crítica será sempre relevado e jamais visto como má fé. Afinal, as atitudes que ele vier a adotar estarão sempre ancoradas na funcionalidade, dentro da mais perfeita transparência administrativa.
Ele parece clonar o comportamento de seu colega famoso, o rato Mickey, que apesar de roedor, é também relações públicas da Walt Disney e amado pela humanidade há várias gerações. Com o tempo, o ratocorp ganha intimidade com a empresa que o abriga, desde o porteiro até o Presidente.
Cedo ou tarde, a oportunidade de ascensão profissional acaba chegando. O Diretor da área decide promovê-lo à gerente, após observar pessoalmente a sua indiscutível lealdade e dedicação à organização - principalmente quando comparada a dos outros colegas.
O desempenho do ratocorp, segundo a percepção do Diretor, se traduz em uma inesgotável atividade (“ele está sempre trabalhando”), o profundo conhecimento da empresa (“ele sabe na ponta da língua todos os procedimentos”) e o impressionante domínio dos negócios (“ele parece adivinhar as nossas estratégias e planos confidenciais”). A partir deste fato, surge o grande divisor de águas da carreira do ratocorp.
Todos os funcionários sabem quem são e onde estão os sanguessugas do sistema. Mas jamais os denunciam. Primeiro, porque não estão ali para delatar. Segundo, porque a empresa não é mesmo deles. Mas este pacto sinistro de silêncio tem o seu custo. Os empregados talvez não se dêem conta, mas todo fim de mês uma parcela invisível de seus salários é abatida para sustentar colegas ratocorps.
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